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É preciso falar de inovação


Num mundo cada vez mais rápido, conectado, digital e analítico, é possível afirmar que as relações estão cada vez mais complexas, intrincadas e especializadas. Considerando essa nova realidade, muitas pessoas têm sustentado que não estamos passando por uma era de mudança, mas por uma mudança de era. Nesse sentido, Marc Haley fala em Era do Conhecimento, Peter Diamandis em Era de Abundância, Don Tapscot em Era da Colaboração e a Singularity University em Era Exponencial.


Nesse contexto, fica claro que o script padrão, que funcionou por muito tempo, não funciona mais. Inovar se tornou muito mais do que necessário para quem quer ser - ou quer permanecer - competitivo. É preciso que toda e qualquer empresa inove. E continue inovando! Sempre e incansavelmente! Não importa o setor onde ela esteja inserida ou a sua relevância nele.


Acontece que isso não é tão simples. A inovação não se dá da noite para o dia. Tampouco através da implementação de uma área de inovação ou da contratação de um Chief Innovation Officer. Muito menos limitando-se a contratar soluções tecnológicas concebidas ou customizadas para o seu setor (que, no fim, ninguém utiliza!).


Inovar implica em transformar-se, conectando pessoas, cultura e estratégia. É necessário que a empresa tenha essa ideia disseminada em todas as suas áreas e não tenha uma área ou uma pessoa dedicada a ela. Inovar significa um esforço coletivo e contínuo de toda a empresa e, para isso, deve-se dar voz aos seus colaboradores, já que uma inovação pode nascer de uma solução criativa concebida por qualquer um, a qualquer momento. E isso é muito mais barato do que qualquer software.


A transformação é mais profunda, portanto. É preciso que as empresas passem da lógica da escassez para a da abundância. É preciso que haja mudança daquele mindset engessado e refratário para o mindset mais fluido. É preciso repensar a estratégia de busca do resultado pelo resultado, para a construção de um resultado a partir de um propósito. É preciso que não se esqueça da competitividade entre as áreas, mas que se fomente mais a colaboratividade entre elas. É preciso ter diversidade, com pessoas de backgrounds diversos.


Não há dúvidas de que nada pode ser pior, hoje, do que aguardar a inovação chegar. Mesmo porque, se isso acontecer, provavelmente será tarde demais para recuperar o espaço perdido.

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